sábado, 14 de fevereiro de 2009

S.O.S. Terra: Arara-Azul-Grande

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Arara-Azul-Grande (Anodorhynchus hyacinthinus)


Ocorre desde o sul da América Central à metade norte da América do Sul, ao sul do Rio Amazonas, no sudeste e centro do Brasil, nordeste do Paraguai e leste da Bolívia.
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As araras-azuis-grande medem cerca de 1,0 m de comprimento (incluindo as penas da cauda, que medem cerca da metade do tamanho total), sendo as maiores representantes das araras e dos psitaciformes, em geral. Não existe dimorfismo sexual, mas as fêmeas são usualmente menores do que os machos. A plumagem tem cor azul-cobalto ou azul-ultramarinho, em aparência. Os olhos são bastante escuros. O bico maciço e muito forte é cinzento, tal como as patas, e é usado com o terceiro pé nos seus hábitos arborícolas. As patas são curtas mas fortes.
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Vivem, normalmente, em casais ou em pequenos bandos, pois são bastante sociáveis. São aves muito ruidosas, principalmente quando alarmadas. Tem o papel ecológico importante no seu habitat, pois dissemina as sementes não digeridas. Após a alimentação, retornam ao topo das árvores, por volta do pôr-do-sol e passam aí a noite.

As araras-azuis se alimentam de sementes e brotos de palmeiras e caracóis. A maior parte da alimentação ocorre no chão, no qual também comem frutos caídos, e usam sua habilidade de escalar para chegar novamente à copa das árvores.

A época de reprodução decorre de julho a dezembro. Nidificam em ocos de árvores (de 4 a 14 m de altura a partir do solo), geralmente o buriti (Mauritia vinifera), nas zonas úmidas, e em escarpas, no Nordeste brasileiro. A postura é de dois ovos (às vezes três), num intervalo de dois dias, cuja incubação dura 27 a 30 dias (cerca de 90% dos nascimentos obtém êxito, isso é, os filhotes nascem com saúde) e é realizada apenas pela fêmea, que passa 70% do seu tempo nesta tarefa. Ela é alimentada pelo macho durante esse período. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida) e, normalmente, apenas uma cria sobrevive, em cada ninhada (geralmente a que nasce primeiro). As crias são alimentadas por matéria vegetal semi-digerida, regurgitada pelos pais. As crias abandonam o ninho com 105 a 110 dias de idade. A taxa reprodutiva da espécie é muito baixa, sendo que de 100 pares, apenas 7 a 25 crias são produzidas por ano. Isso é contraditado pela sua vasta longevidade, que acredita-se que passe dos 50 anos. As araras-azuis são monógamas, ficam com o mesmo par pelo resto de sua vida, assim como a maioria dos psitacídeos.

Esta espécie tinha estatuto de vulnerável, mas foi recentemente classificada como em perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Apêndice I da CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora. A captura ilegal para o comércio nacional e internacional de aves de cativeiro reduziu o seu número para apenas 3000 indivíduos, entre 1970 e 1990. No norte e nordeste do Brasil é onde está mais ameaçada por causa do tráfico e do desmatamento. A captura ilegal e a destruição dos locais de nidificação continuam a manter incerto o futuro desta espécie. A população total em estado selvagem está, atualmente, estimada em menos de 10.000 indivíduos, com tendência a diminuir.

O que está sendo feito - Projeto Arara Azul



Filhote de Arara-Azul-Grande

O Projeto Arara Azul é um exemplo positivo da conservação no Brasil que nasceu de uma iniciativa pessoal e vem sendo realizado ininterruptamente por 16 anos com o apoio de várias instituições, empresas e ONG´s como UNIDERP, Toyota, WWF Brasil e Refúgio Ecológico Caiman. Ele foi criado com o objetivo de estudar a biologia e ecologia da arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), em seu ambiente natural.

Desde que a bióloga Neiva Guedes lançou o Projeto, a população saltou de 1.500 para 5.000, na região de 450.000 hectares supervisionados. Guedes inventou métodos singulares, incluindo ninhos construídos manualmente. De sua base principal na reserva de Caiman, um time de cinco pesquisadores monitora aproximadamente 3.000 aves que vivem em 346 ninhos naturais e 198 ninhos artificiais. Filhotes são equipados com microchips. Amostras de sangue são recolhidas e enviadas para a Universidade de São Paulo para testes de DNA e outras análises.

Além das atividades de campo, o projeto aborda um outro aspecto da conservação, que é a educação ambiental e conscientização do público em geral. Desta forma, a população humana está mais atenta, informada e faz denúncia contra o tráfico de animais silvestres.

É isso aí, temos que nos conscientizar da nossa missão de preservar o meio ambiente. Somos moradores da Terra e salvá-la é nosso dever! É preciso preservar para que nossos filhos e netos tenham o prazer de contemplar a beleza desses animais.

Continuem antenados, próximo sábado, voltarei com mais uma super espécie, infelizmente, ameaçada de extinção!

Um comentário:

Anônimo disse...

Adicione: www.erivanmorais.zip.net
Já adicionei o teu.
Aliens:
Tá bom, viu!